Lembro-me ainda daquele dia fatídico. O reveillon já havia passado, junto com amigas e pró-secos e pneus de carro, as férias estavam no auge, havia um clima mágico espalhado pelo ar: meus sonhos estavam prestes a se concretizar. mas a mesa sempre vira, e lá se foi mais um ano. um único dia foi capaz de levar tudo o que fiz em 2007 embora. BOMBA! (again).
E eu chorei. Chorei?! Menos de 5 minutos (contados no relógio) e uma certeza: jamais 'perderia' meu 2008. Fiz e estou fazendo tudo o possível para tal. E no mesmo dia da fatídica notícia estava no mundo, literalmente. E tudo o que foi executado, até agora, pelas minhas mãos, por mãos alheias e pelas do destino (ou Deus ou acaso) valeu à pena.
Confesso que cheguei a fraquejar, que pensei em acabar com tudo. Colocar pontos finais sempre foi uma das minhas especialidades. Mas parece haver alguém a me proteger e esse mesmo alguém vem me enviando pessoas maravilhosas, momentos intensamente felizes, uns outros extremamente tristes e angustiantes, mas tudo incrivelmente belo e enriquecedor.
Não é fácil se livrar do pré-nome inércia e do sobrenome medo, mas os alguéns me ajudam. Pena que alguns deles tenham entrado rapidamente em minha vida e com a mesma instantaneidade saíram. Justo comigo isso acontece, eu que sempre tento cultivar amizades e jardins, mesmo tendo verdadeiro pavor a borboletas.
Nem tudo acontece conforme planejamos. Já me habituei, embora internamente relute em aceitar.
Resta, somente, agradecer aos parceiros e parceiras desse primeiro semestre. Companheiros de veraneios engraçadíssimos (aaah, o verão), de carnavais históricos, de farrinhas de fim-de-semana, de segundas-feiras na UFRN, de madrugadas de estudos, dos que me ajudaram no quesito aulas, de são joões arretados, de viagens repentinas e cheias de músicas, de conversas em off na calçada da minha casa, de depoimentos bombásticos a cada vez que entro no orkut, de momentos breves no MSN, de SMS esperadas e intensas, de horas e horas ao telefone, de compartilhamento de bons artistas e boa música, de shows sob chuva, de emomentos, de choros comoventes, de gargalhadas dignas de bruxas perversas, de resenhas loucas e programas de índio, de dancinhas coreografadas (uiiii), de momentos etílicos e afins, do dia-a-dia maluco e corrido; e de vinhos e risos em frente ao mar (mesmo com chuva).
Ademais, Agosto está na iminência de se iniciar. E esse mês é marcante, não só por ser o do aniversário da minha mãe, mas por ser também a prenuncia do corre-corre de Novembro, e por uma nova oportunidade ter sido posta em minhas pequeninas mãos. Mas, novamente, os anjos, santos, fadas, duendes, deuses e deusas serão meus protetores e darão ao meu Agosto um significado especial. Um misto de amor e medicina. Não vou me deixar paralisar, nem vou ter tempo para angústias ou muito menos pensamentos negativos, porque aquilo que é verdadeiramente especial, acaba acontecendo quando menos esperamos.
Sobra, então, a renovação dos votos feitos naquele dia, votos que se concretizam delicadamente bem diante dos meus olhos nesse dailly-cão.
E para os alguéns: beijosadorotodosvocêsprontofalei!
Ouvindo: Warwick Avenue - Duff (acho digna!)
Lendo: Fuga do hospício e Outras Crônicas - Machado de Assis (Machado é sempre Machado)
Ser mãe
Há 7 anos