quinta-feira, 28 de maio de 2009

The Fear

Lily Allen

I want to be rich and I want lots of money
I dont care about clever I dont care about funny
I want loads of clothes and ****loads of diamonds
I heard people die while they are trying to find them

Ill take my clothes off and it will be shameless
Cuz everyone knows thats how you get famous
Ill look at the sun and Ill look in the mirror
Im on the right track yeah Im on to a winner

I dont know whats right and whats real anymore
I dont know how Im meant to feel anymore
When we think it will all become clear
Cuz Im being taken over by The Fear

Lifes about film stars and less about mothers
Its all about fast cars and passing each other
But it doesnt matter cause Im packing plastic
and thats what makes my life so ******* fantastic

And I am a weapon of massive consumption
and its not my fault its how Im program to function
Ill look at the sun and Ill look in the mirror
Im on the right track yeah Im on to a winner

I dont know whats right and whats real anymore
I dont know how Im meant to feel anymore
When we think it will all become clear
Cuz Im being taken over by The Fear

Forget about guns and forget ammunition
Cause Im killing them all on my own little mission
Now Im not a saint but Im not a sinner
Now everything is cool as long as Im getting thinner

I dont know whats right and whats real anymore
I dont know how Im meant to feel anymore
When we think it will all become clear
Cause Im being taken over by fear

- Essa música da Lily Allen, é simples, porém genial pela sua simplicidade. Tava assistindo Gossip Girl quando a ouvi. Ela explicita bem o pensamento de algumas subcelebridades norte-americanas (e brasileiras também).

*o clipe:

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Como se sonhava amar

Ziliane Marques
Crescera em meio a contos de fadas e seus duendes, castelos, dragões, príncipes encantados e fadas madrinhas. Sonhava acordada e ensaiava os passos da valsa em frente ao espelho. Deslizava em movimentos cada vez mais suaves e harmoniosos.
Depois passara aos romances. Imaginava onde estaria o seu Romeu, em que cavalo viria, de qual terra distante ele seria, que loucura seria capaz de cometer em nome do amor que sentiria por ela... Sem jamais esquecer dos passos da valsa que ensaiara para surpreender o amado, quando ele chegasse.
Quando descobriu as tragédias, viu que o amor vem cheio de passionalidade, ciúmes e interesses e também viu os MacBeth todos irem para o outro mundo em nome do dinheiro e do poder. Ficou receosa por não saber se seu príncipe seria, na verdade, um monstro. E pela primeira vez em sua vida desejou que ele jamais chegasse.
E ela foi para o mundo, saiu do seu castelo, descobriu que aquele amor puro que sempre esperou, esbarrava na realidade cotidiana e na natureza das pessoas. Foi quando perdida em pensamentos sobre a maldade, enquanto caminhava por entre ruas apinhadas de gente e automóveis, seu coração infartou. E nessa hora não sentia dor, apenas ouvia Maria Bethânia recitar melodiosamente: "Nunca soubera como se amava, apenas soube como se sonhava amar". Enquanto noutro lugar da cidade, no meio de uma favela apinhada de barracos, nascia um pequeno menino, que a mãe ainda não decidira o nome, apenas chamava-o de "príncipe encantado".

terça-feira, 19 de maio de 2009

Ilegais

Vanessa da Mata

Desse jeito vão saber de nós dois
Dessa nossa vida
E será uma maldade veloz
Malignas línguas
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam, ilegais

Eu só sei que eu quero você
Pertinho de mim
Eu, quero você dentro de mim
Eu, quero você em cima de mim
Eu quero você

Desse jeito vão saber de nós dois
Dessa nossa farra
E será uma maldade voraz
Pura hipocrisia
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais, demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam, olhos ilegais

Eu só sei que eu quero você
Pertinho de mim
Eu, quero você dentro de mim
Eu, quero você em cima de mim
Eu quero você


- era realmente um tempo bom e digno de ser relembrado.

construção

Ziliane Marques

(des)construção
demolição
destroços

alicerces
soerguimento
vida.

domingo, 17 de maio de 2009

No dia em que a tristeza bateu em minha porta

Ziliane Marques

poderia eu falar dos milhares de dias felizes que tive
mas um dia ruim por vezes marca mais
ele dói e ecoa dentro de mim
e é daquelas dores que frequentemente se revive
em dias tristemente iguais
dias que precedem um fim?!

tanto receio tive de aguentar hipocrisia
exercitei por tanto tempo a alegria
que existia dentro do meu ser
mas ela já não mais guia o meu viver.
passo horas a chorar
sem saber ao certo o que pensar.

será que o amor sempre carecerá de intensidade?
será que o amor é sempre algo morno e lento e quase sem vontade?

queria eu poder operar todas as mudanças
necessárias para um viver mais tranquilo
mas não estamos sob o mesmo teto,
vivo num mundo diário distante, de andanças
enquanto você não age além do que aquilo
que acha mais calmo, cômodo e correto.

queria poder praticar minha intensidade em todas as manhãs
- mas elas são sempre raras.
vivo num mundo cheio de limitações
no qual amar, para você, parece sair caro e cansativo
enquanto eu tento conservar, em meio ao seu sentimento lascivo
tudo aquilo que meu coração sente ao te amar
- mesmo no dia em que a tristeza bateu em minha porta.



- deus conserve para sempre o meu bom senso temperado a pitadas de loucura.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

...

"Senhor, dá-me serenidade para aceitar tudo aquilo que não pode e não deve ser mudado.
Dá-me força para mudar tudo o que pode e deve ser mudado.
Mas, acima de tudo, dá-me sabedoria para distinguir uma coisa da outra."

Senhora Liberdade - Jorge Vercilo

Eu fui condenado
Sem merecimento, por um sentimento
Por uma paixão, violenta emoção pois
Amar foi meu delito, mas foi um sonho tão bonito
Hoje estou no fim, senhora liberdade abre as asas sobre mim
Abre as asas sobre mim, ó senhora liberdade...
Vim de lá, trouxe a mais bela pérola do mar... Para te coroar
Vim de lá, pela floresta de algas pude andar
Nem sei como eu vou contar, lá no reino das águas claras
Mágico mundo de jóias raras... Meu passeio mais bonito
Tantos caminhos, que maravilha! Dançando juntos como quadrilha
Onde as cores não tem fim...
Todos os seres em harmonia, tudo transforma alegria
Hoje é dia de festa...
Dentro do palácio encantado, um príncipe escamado vai se coroar, vai se coroar, vai se coroar!
Eu sou do mar jexa... Eu sou do mar!

Aonde cresci, o que já vivi, não me lembro de nada
Na vida que mais pareça com com o amor, como lembro de ti
Na minha ilusão, o seu coração ô ô
É a peça perdida do quebra cabeças daquela emoção
Que um dia perdi
Ô... Minha vida ta despelatada sem seu amor
E parece que nada vai mudar chuva que cai sem parar
Deixa no canto do peito esse gosto de dor
Vem... Eu guardei o meu tempo de vida pra mais ninguém
Seja fogo de palha ou seja amor, seja do jeito que for.
Só de pensar em você já me faz tanto bem!
Só de pensar em você já me faz tanto bem!

Felicidade - Luiz Tatit

"Não sei porque eu tô tão feliz
Não há motivo algum pra ter tanta felicidade
Não sei o que que foi que eu fiz
Se eu fui perdendo o senso de realidade
Um sentimento indefinido
Foi me tomando ao cair da tarde
Infelizmente era felicidade
Claro que é muito gostoso
Claro que eu não acredito
Felicidade assim sem mais nem menos é muito esquisito
Não sei porque eu tô tão feliz
Preciso refletir um pouco e sair do barato
Não posso continuar assim feliz
Como se fosse um sentimento inato
Sem ter o menor motivo
Sem uma razão de fato
Ser feliz assim é meio chato
E as coisas nem vão muito bem
Perdi o dinheiro que eu tinha guardado
E pra completar depois disso
Eu fui despedido e estou desempregado
Amor que sempre foi meu forte
Não tenho tido muita sorte
Estou sozinho, sem saída, sem dinheiro e sem comida
E feliz da vida!!!
Não sei porque eu tô tão feliz
Vai ver que é pra esconder no fundo uma infelicidade
Pensei que fosse por aí, fiz todas terapias que tem na cidade
A conclusão veio depressa e sem nenhuma novidade
O meu problema era felicidade
Não fiquei desesperado, não, fui até bem razoável
Felicidade quando é no começo ainda é controlável
Não sei o que foi que eu fiz
Pra merecer estar radiante de felicidade
Mais fácil ver o que não fiz
Fiz muito pouca aqui pra minha idade
Não me dediquei a nada
Tudo eu fiz pela metade, porque então tanta felicidade
E dizem que eu só penso em mim, que sou muito centrado
Que eu sou egoísta
Tem gente que põe meus defeitos em ordem alfabética
E faz uma lista
Por isso não se justifica tanto privilégio de felicidade
Independente dos deslizes dentre todos os felizes
Sou o mais feliz
Não sei porque eu tô tão feliz
E já nem sei se é necessário ter um bom motivo
A busca de uma razão me deu dor de cabeça, acabou comigo
Enfim, eu já tentei de tudo, enfim eu quis ser conseqüente
Mas desisti, vou ser feliz pra sempre
Peço a todos com licença, vamos liberar o pedaço
FELICIDADE ASSIM DESSE TAMANHO SÓ COM MUITO ESPAÇO!"

Felicidade - Vinícius de Moraes

Tristeza não tem fim
Felicidade sim...

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar.

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei, ou de pirata, ou da jardineira
E tudo se acabar na quarta-feira.

Tristeza não tem fim
Felicidade sim...

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor.

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos de minha namorada
É como esta noite
Passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo por favor...
Pra que ela acorde alegre como o dia
Oferecendo beijos de amor.

Tristeza não tem fim
Felicidade sim...

Responsabilidade estudantil

Adenilson Venâncio Duarte

Fico me questionando, até onde vai a responsabilidade de cada estudante que ingressa para a vida acadêmica universitária, mais precisamente, dentro de uma sala de aula.

É admissível que no início de qualquer tarefa, ao assumir novo cotidiano que se tornará rotina, mas que até então é diferente do que era feito anteriormente, leva-se certo tempo para "entrar no ritmo". Mas faculdade, hoje, é apenas nome, status. Vejamos que, muitos investem durante longo período de tempo torcendo para que acabe logo o período de estudos, para que ao final possam dizer que é formado nisso ou naquilo, e que já possui o desejado NÍVEL SUPERIOR.

As universidades hoje são consideradas o núcleo do conhecimento e do ensino, por conseqüência o universitário deve usar e abusar daquilo que a sua própria universidade oferece, conhecimento e prática.

Estar nesta vida acadêmica é aprender, questionar, lutar, buscar, agregar o máximo de conhecimento possível, e não ficar esperando que tudo acabe logo, e que eu saía com o meu nome no quadro de formandos. "Professor, já está terminando a aula? Amanhã não terá aula? Podemos utilizar este tempo, para sair da sala e se divertir por aí."

Como todo começo de uma faculdade, tudo é maravilhoso, porém no decorrer dos estudos o círculo vai se fechando e você vai percebendo quem realmente está interessado em prosseguir, quem realmente não se importa em ficar estudando até o último minuto, ou em perder o seu final de semana deitado encima de livros, ou como diria Sócrates, ter consciência da própria ignorância. Prosseguir ou parar, antes que eu tenha somente status e sequer, conhecimento.

terça-feira, 12 de maio de 2009

...

boring, boring, boring... tsc tsc
=(

Vamos fazer um filme

Achei um 3x4 teu e não quis acreditar
Que tinha sido a tanto tempo atrás
Um exemplo de bondade e respeito
Do que o verdadeiro amor é capaz.

A minha escola não tem personagem
A minha escola tem gente de verdade
Alguém falou do fim do mundo,
O fim do mundo já passou
Vamos começar de novo:
Um por todos, todos por um.

O sistema é mau, mas minha turma é legal
Viver é foda, morrer é difícil
Te ver é uma necessidade
Vamos fazer um filme.

E hoje em dia, como é que se diz: "Eu te amo."?

Sem essa de que: "Estou sozinho."
Somos muito mais que isso
Somos pingüim, somos golfinho
Homem, sereia e beija-flor

Leão, leoa e leão-marinho
Eu preciso e quero ter carinho, liberdade e respeito
Chega de opressão.
Quero viver a minha vida em paz.

Quero um milhão de amigos
Quero irmãos e irmãs
Deve de ser cisma minha
Mas a única maneira ainda
De imaginar a minha vida
É vê-la como um musical dos anos trinta

E no meio de uma depressão
Te ver e ter beleza e fantasia.

E hoje em dia, como é que se diz: "Eu te amo."?
E hoje em dia, como é que se diz: "Eu te amo."?
E hoje em dia, como é que se diz: "Eu te amo."?
E hoje em dia, vamos fazer um filme ?

Eu te amo
Eu te amo
Eu te amo


- Legião Urbana



(eu deveria postar textos bacanas, meus e dos outros, nesse blog. mas têm certas músicas que ecoam, vez por outra, na minha cabeça. preciso dar uma chance a elas também.)

domingo, 10 de maio de 2009

Sou como rês desgarrada...

Lamento Sertanejo
Composição: Dominguinhos / Gilberto Gil

Por ser de lá
Do sertão, lá do cerrado
Lá do interior do mato
Da caatinga do roçado.
Eu quase não saio
Eu quase não tenho amigos
Eu quase que não consigo
Ficar na cidade sem viver contrariado.

Por ser de lá
Na certa por isso mesmo
Não gosto de cama mole
Não sei comer sem torresmo.
Eu quase não falo
Eu quase não sei de nada
Sou como rês desgarrada
Nessa multidão boiada caminhando a esmo
.

(me sinto em casa quando ouço essa música)

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Ó...

as vezes dói.
outras corrói.
é fato,
é dardo,
é fardo
que carrego dentro de mim.

as vezes é mau.
outras irreal.
mas na ilusão,
confusão,
profusão
(de sentimentos)
teu olhar me é fundamental.

e meu sentimento,
sempre leal.
mesmo com dores,
dissabores,
desamores.

abro minhas asas e vôo
para longe
do alcance dos mortais.

vou para a terra onde o amor puro é permitido.
te levo para dentro de mim
onde tudo é permitido.

confusão de não saber onde estou
de não ter idéia do que se passa...
ó senhora liberdade,
abre tuas asas sobre nós.
para que não cheguemos a ficar sós,
que no final a gente ri
em frente ao mar,
com um vinho
e música pra embalar.

eles só são meros mortais
não podem nos limitar.


Ouvindo: Delayed Devotion - Duffy

terça-feira, 5 de maio de 2009

Hoje acordei Marisa.

Ela vez por outra embala meus dias, vez enquando me revela aspectos de uma outra eu ainda desconhecida e faz uns shows bacanas demais de se ver (pena que ainda não vi ao vivo). Ela é toda uma bela poesia.

Silêncio por favor
Enquanto esqueço um pouco a dor no peito
Não diga nada sobre meus defeitos
E não me lembro mais quem me deixou assim

Hoje eu quero apenas
Uma pausa de mil compassos
Para ver as meninas
E nada mais nos braços

Só este amor assim descontraído
Quem sabe de tudo não fale
Quem não sabe nada se cale
Se for preciso eu repito
Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito de fazer
Um samba sobre o infinito

(Para ver as meninas - Marisa Monte)

domingo, 3 de maio de 2009

Meio - Antônio Prata

Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso freqüento bares meio ruins. Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de 150 anos. (Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de 150 anos, mas tudo bem). No bar ruim que ando freqüentando nas últimas semanas o proletariado é o Betão, garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas acreditando resolver aí 500 anos de história. Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos ficar "amigos" do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura."Ô Betão, traz mais uma pra gente", eu digo, com os cotovelos apoiados na mesa bamba de lata, e me sinto parte do Brasil. Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos fazer parte do Brasil, por isso vamos a bares ruins,que tem mais a cara do Brasil que os bares bons, onde se serve petit gateau e não tem frango à passarinho ou carne de sol com macaxeira que são os pratos tradicionais de nossa cozinha. Se bem que nós, meio intelectuais, quando convidamos uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais de petit gateau do que de frango à passarinho, porque a gente gosta do Brasil e tal, mas na hora do vamos ver uma europazinha bem que ajuda. A gente gosta do Brasil, mas muito bem diagramado. Não é qualquer Brasil. Assim como não é qualquer bar ruim. Tem que ser um bar ruim autêntico, um boteco, com mesa de lata, copo americano e, se tiver porção de carne de sol, a gente bate uma punheta ali mesmo. Quando um de nós, meio intelectuais, meio de esquerda, descobre um novo bar ruim que nenhum outro meio intelectual, meio de esquerda freqüenta, não nos contemos: ligamos pra turma inteira de meio intelectuais, meio de esquerda e decretamos que aquele lá é o nosso novo bar ruim. Porque a gente acha que o bar ruim é autêntico e o bar bom não é, como eu já disse. O problema é que aos poucos o bar ruim vai se tornando cult, vai sendo freqüentado por vários meio intelectuais, meio de esquerda e universitárias mais ou menos gostosas.Até que uma hora sai na Vejinha como ponto freqüentado por artistas, cineastas e universitários e nesse ponto a gente já se sente incomodado e quando chega no bar ruim e tá cheio de gente que não é nem meio intelectual, nem meio de esquerda e foi lá para ver se tem mesmo artistas, cineastas e universitários, a gente diz: eu gostava disso aqui antes, quando só vinha a minha turma de meio intelectuais, meio de esquerda, as universitárias mais ou menos gostosas e uns velhos bêbados que jogavam dominó.Porque nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos dizer que freqüentávamos o bar antes de ele ficar famoso, íamos a tal praia antes de ela encher de gente, ouvíamos a banda antes de tocar na MTV. Nós gostamos dos pobres que estavam na praia antes, uns pobres que sabem subir em coqueiro e usam sandália de couro, isso a gente acha lindo, mas a gente detesta os pobres que chegam depois, de Chevete e chinelo Rider. Esse pobre não, a gente gosta do pobre autêntico, do Brasil autêntico. E a gente abomina a Vejinha, abomina mesmo, acima de tudo. Os donos dos bares ruins que a gente freqüenta se dividem em dois tipos: os que entendem a gente e os que não entendem. Os que entendem percebem qual é a nossa, mantém o bar autenticamente ruim, chamam uns primos do cunhado para tocar samba de roda toda sexta-feira, introduzem bolinho de bacalhau no cardápio e aumentam em 50% o preço de tudo. Eles sacam que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, somos meio bem de vida e nos dispomos a pagar caro por aquilo que tem cara de barato. Os donos que não entendem qual é a nossa, diante da invasão, trocam as mesas de lata por umas de fórmica imitando mármore, azulejam a parede e põem um som estéreo tocando reggae. Aí eles se fodem, porque a gente odeia isso, a gente gosta, como já disse algumas vezes, é daquela coisa autêntica, tão brasileira, tão raiz. Não pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda, no Brasil! Ainda mais porque a cada dia está mais difícil encontrar bares ruins do jeito que a gente gosta, os pobres estão todos de chinelo Rider e a Vejinha sempre alerta, pronta para encher nossos bares ruins de gente jovem e bonita e a difundir o petit gateau pelos quatro cantos do globo. Para desespero dos meio intelectuais, meio de esquerda, como eu que, por questões ideológicas, preferem frango a passarinho e carne de sol com macaxeira (que é a mesma coisa que mandioca, mas é como se diz lá no nordeste e nós, meio intelectuais, meio de esquerda, achamos que o nordeste é muito mais autêntico que o sudeste e preferimos esse termo, macaxeira, que é mais assim Câmara Cascudo, saca?).- Ô Betão, vê um cachaça aqui pra mim. De Salinas quais que tem?

(Não lembro onde li, mas salvei aqui no pc prq é super digno.)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

I can see in your face... The peace.


Porque eu prefiro a calmaria de dias serenos e cheios de músicas agradáveis e reflexivas, que me ajudem a encontrar o caminho mais certo entre as tantas opções que temos (ou as quais parecemos ter). A agitação de festas e bares e músicas agitadas e pessoas de todos os tipos é ótima, mas em momentos certos, bem dosados, nada excessivo. Não que eu seja uma chata que não gosta de sair por aí de festa em festa. Já fiz isso muito até. Mas não enche barriga não, pelo menos não a minha. E, hoje, ficar em casa vendo filme, ou curtir aquela prainha com boas músicas e poucos amigos é mais que necessário, tornou-se essencial. Dessa forma me sinto mais eu, mais estável, mais centrada. E tudo o que me ajuda a manter o foco será bem vindo, uma vez que nesses tempos conturbados, ninguém sabe como terminará o dia de amanhã. Existem tantas adversidades que só de pensar tenho medo. O melhor é torcer para que a maior parte do todo dê certo, olhar pra esse céu ainda de uma azul turquesa límpido e fazer por onde merecer o carinho de quem se ama.
No fim, é só ter fé, fazer a sua parte e se permitir. Não que isso faça tudo sair certo, mas prepara pros momentos difíceis ou pseudodifíceis que enfrentamos todos os dias. Além de tornar os momentos bons mais especiais ainda, bem no estilo Amèlie Poulain.

Ouça: Delicate - Damien Rice.
Leia: O astronauta sem regime - Jô Soares.
- Deus conserve para sempre o meu bom senso temperado a pitadas de loucura.

Quem sou eu

Minha foto
Uma pequena criatura semi-leiga em muita coisa, mas metida o suficiente para dar palpite em quase tudo. beijosaindasereimanchete!
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