quarta-feira, 24 de junho de 2009

Animal sentimental

Sei que muitas vezes eu peco por sonhar demais, por idealizar excessivamente, por desejar algo com muita intensidade. E por me doar nessas 'buscas'.
Infelizmente sou assim, não sei se por imaturidade ou por consequência de uma vida privada de muitas pequenas coisas tão fundamentais, mas só me dei conta delas hoje em dia.
(Pausa)
Acontece que hoje assisti ao episódio mais lindo de House: a paciente de câncer em estado terminal tinha nove anos de idade, e, apesar da pouca idade, estava lutando brava e dignamente por sua vida, mesmo que essa fosse de um eterno sofrimento (afinal, quimioterapia é um sofrimento constante) - só que ela lutava muito mais bravamente que vários adultos, porque ela tinha aceitado a sua realidade -, e ela lutava por amor a sua mãe, para não vê-la sofrer mais, ainda que para a mesma fosse mais "fácil" morrer e findar definitivamente com essa dor.
(continuando)
E é essa bravura que eu sempre quis ter. Bravura e maturidade para enfrentar os obstáculos da vida sem fraquejar, sem chorar. Com medo sim, mas também com a certeza de que você lutou e deu o melhor de si, fez do possível e do impossível também. E no final alcançou pelo menos um pouco dos seus objetivos.
Mas daí que minha existência nunca foi a mais simplista possível, daí que eu sempre fui um pouco complicada (não sei até hoje se seria complicação ou complexidade, mas enfim, talvez eu esteja no meio desses dois extremos). E, além disso, ainda tem aquela inércia que me faz desistir de muitas coisas e deixar pela metade, vezes por ver que não era aquilo o que eu realmente queria, outras porque não consegui mesmo.
E no fim sempre sobra aquele gosto amargo na língua, que trava na garganta e que não consigo degluditir. São as marcas das derrotas da vida, derrotas as quais não aceitei ou por inconformismo ou por sentimentalismo exagerado.
Mais sentimental impossível:

- Deus conserve para sempre o meu bom senso temperado a pitadas de loucura.

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Uma pequena criatura semi-leiga em muita coisa, mas metida o suficiente para dar palpite em quase tudo. beijosaindasereimanchete!
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