segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Dos Dias de Inadequação

Que transformações/transições/mudanças são difíceis, não é novidade para ninguém, nem mesmo para mim. Mas o mais complicado é lidar com elas de uma forma positiva.

É estranho não ter tempo para fazer o que gosto, para estar com quem amo, para ficar de bobeira ouvindo minhas músicas, lendo meus livros e escrevendo ao fluxo do pensamento.

Dói querer ter tempo, dói também querer saber lidar com essas mudanças e não magoar as pessoas. Dói porque, no fundo, tudo está começando agora e por mais que eu tente ser madura e experiente, existe toda uma insegurança inerente ao meu ser e, nesse caso, inevitável.

Queria ter o dom da conciliação (uma vez até me disseram que essa era a minha característica mais marcante, afirmação da qual discordo completamente). Queria - num passe de mágica - saber dividir meu tempo da melhor forma, conciliar faculdade, cursinhos, estudos, trabalho, vida pessoal, família e diversão.

Mas na prática a teoria é outra.

Fico nessa querência de eterna iniciante na vida, nesse meu constante amadorismo de aprendiz - que não se conforma em pouco saber e menos ainda poder. Fico querendo sempre mais, porque o sempre mais é urgentemente necessário a todos aqueles que fazem parte da minha vida.

Queria saber cativar as pessoas, saber ser atenciosa e carinhosa com todos, inclusive com aqueles que não simpatizam comigo. É fundamental ser bem relacionado, é fundamental criar vínculos, é imprescindível gostar dos seres humanos. Mas o que fazer quando você sente sempre um pouco de imperfeição dentro de si, se sente quase sempre deslocada (por mais que se esforce)?!

É estranho se reconhecer imperfeita, é estranho se reconhecer falha, é estranho ser humana. É estranho pensar demais, sentir exarcebadamente. É complicado esse meu jeito perfeccionista de ser. Seria mais simples ser alguém alheio a isso tudo. Seria mais simples recuar diante dos obstáculos da vida e escolher aquele atalho ao invés do caminho cheio de pedregulhos, talvez assim eu fosse completamente feliz na minha bolha de ignorância, talvez assim as pessoas gostassem de mim de verdade. Talvez as pessoas me achassem bacana e não uma filha-da-putazinha-fresca-e-metida-a-pseudo-intelectual.

Fico só na dúvida se seria melhor me tornar uma ignorante (não no sentido de mal educada) ou a filha-da-putazinha-fresca-e-metida-a-pseudo-intelectual que acham que eu sou. No fim das contas, sei que sou o que sou e não vou mudar, é meio que o meu karma, saca?
Geralmente eu não ligo para o que os outros falam ou pensam sobre mim, mas tem dias em que tudo está são explícito que isso me incomoda de verdade. Aí eu escrevo aqui e depois volto a ser quem eu sou: aparentemente alegre e sem problemas. Mas pelo menos estou disposta e aberta a novos conceitos.


Ouvindo: Eu Pisei na Pedra - Chico Correa & Eletronic Band

Lendo: Direito Processual do Trabalho - Coleção Direito de Bolso - Marcelo de Barros Dantas ¬¬'

Nota: Aceito doações de ingressos pro Show de Roberta Sá no TAM. =D

- Deus conserve para sempre o meu bom senso temperado a pitadas de loucura.

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Uma pequena criatura semi-leiga em muita coisa, mas metida o suficiente para dar palpite em quase tudo. beijosaindasereimanchete!
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