quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Quando murchou, virou flor


E os olhos dela brilharam como há muito tempo não brilhavam... Era uma sensação tão boa, uma espécie de paz interior, pensou. Mal sabia ela que se tratava de algo bem mais grandioso. Toda ela cintilava em ouro.
Os transeuntes daquela madrugada escura e fria pensaram ser um anjo, ou talvez uma estrela cadente caída e ainda reluzente sobre o solo.
Mas ela era bem mais que isso, era um espírito de luz. E sem saber que era tão especial, cega por seus próprios medos, dúvidas e receios, ofuscada pelo próprio brilho (ainda que desconhecido seu), foi-se chorosa a lamentar a vida, a lamentar a indiferença estampada no rosto das pessoas sempre apressadas, sempre preocupadas com aquilo que nem é concreto ainda, sempre negando-lhe um pouco mais de atenção.
Foi encolhendo, apagando a própria luz. Virou uma flor vermelha. Pouco depois colhida por uma menina de rua, a qual jurou ter achado a flor mais bela do mundo.
- Deus conserve para sempre o meu bom senso temperado a pitadas de loucura.

Quem sou eu

Minha foto
Uma pequena criatura semi-leiga em muita coisa, mas metida o suficiente para dar palpite em quase tudo. beijosaindasereimanchete!
Powered By Blogger

Arquivo do blog

"Ouse e seja como o Louco do Tarot, que confia cegamente na sua sorte e só almeja sua evolução."