E cá estou perdida mais uma vez em pensamentos. Estranho seria era se me achasse neles. Pensar é sinônimo de perdição. Perdem-se horas, dias, meses. Perde-se o tão precioso tempo. Perde-se a oportunidade. Perde-se o paladar, o olfato, o tato. Perde-se, por fim, a vida.
E esse perder-se, ao mesmo tempo, é ganhar. Sem a mínima contradição. Pensando se produzem idéias, testes, divagações, devaneios. Pensando se preserva o corpo, se expurga a alma.
Engana-se quem acha que pensar não dói. O pensar certo, crítico, minucioso, dói mais até que a dor da ferida ainda ardente e ensaguentada, porque ao se pensar assim, se enxerga a realidade.
Poucos são os realistas certeiros, natos, intuitivos. E em menor número ainda são os que usam tal dom com finalidades não lucrativas. Ver a realidade em todos os aspectos é atingir uma espécie de nirvana sensorial: o ápice de sensações equilibradamente desequilibradas tal qual como são permitidas pelo mundo.
Pudera eu ser só sensações, eu seria então uma espécie de Buda sensorial, talvez o yin do Buda extrassensorial que foi Sidarta Gautama. E caso já existisse um Buda sensorial anterior, eu seria, no mínimo, um Dalai Lama das sensações.
Mágico para qualquer um. Tão mágico que chegaria a ser revolucionário. E minha veia revolucionária toma meu sistema circulatório inteiro. Sou toda uma revolução latente a espera de seguidores, a espera do estopim. Sou luta armada até os dentes entre ID e EGO pronta pra explodir.
E esse perder-se, ao mesmo tempo, é ganhar. Sem a mínima contradição. Pensando se produzem idéias, testes, divagações, devaneios. Pensando se preserva o corpo, se expurga a alma.
Engana-se quem acha que pensar não dói. O pensar certo, crítico, minucioso, dói mais até que a dor da ferida ainda ardente e ensaguentada, porque ao se pensar assim, se enxerga a realidade.
Poucos são os realistas certeiros, natos, intuitivos. E em menor número ainda são os que usam tal dom com finalidades não lucrativas. Ver a realidade em todos os aspectos é atingir uma espécie de nirvana sensorial: o ápice de sensações equilibradamente desequilibradas tal qual como são permitidas pelo mundo.
Pudera eu ser só sensações, eu seria então uma espécie de Buda sensorial, talvez o yin do Buda extrassensorial que foi Sidarta Gautama. E caso já existisse um Buda sensorial anterior, eu seria, no mínimo, um Dalai Lama das sensações.
Mágico para qualquer um. Tão mágico que chegaria a ser revolucionário. E minha veia revolucionária toma meu sistema circulatório inteiro. Sou toda uma revolução latente a espera de seguidores, a espera do estopim. Sou luta armada até os dentes entre ID e EGO pronta pra explodir.
(continua)